13.7.11

as estrelas tornavam-se minhas confidentes nas noites em que a escuridão me escondia das sombras, e da claridade que saia das casas, em que me tornava pequenina, e sentava atrás da janela a chorar, sem parar, e tornava as estrelas em minhas confidentes, confidentes daquelas lágrimas. e eram elas que me protegiam nessas mesmas noites. deixava os meus olhos fecharem-se e a minha mente fluir sobre o fresco da noite, voar juntamente com o vento, voava para uma mente desconhecida, que procurava o mesmo que eu, ou aparentemente parecia procurar o mesmo que eu. esperava por essas noites, para deixar a minha mente ir de novo ao encontro desse mundo que desconhecia, mas que nesses curtos minutes me trazia tranquilidade, e paz. mas precisava de mais, não precisava apenas de fluir nessas noites, precisava de o sentir aqui, sentir suas mãos a entrelaçarem nas minhas, do seu corpo encaixar na perfeição no meu, dos seus braços a enrolarem como um manto em mim, do seu olhar se perder nos meus, da sua boca sentir os meus lábios. e foste tu o meu refugio em muitas das noites, foste tu o meu único refúgio. até que eu e tu precisávamos de mais, e fomos na direcção da brisa do vento, ao encontro um do outro, uma palavra trocada, um olhar cruzado, um desejo em conjunto, um único pensamento, dois corações um único amor (...) os dias foram passando, e o meu coração ia batendo mais forte a cada dia, o meu amor ia crescendo, foste tornando o meu único ser. Sentia ele a bater forte, a bater por ti, pela tua alma, senti uma felicidade enorme a invadir-me, um amo-te a sair-me da boca sendo ele sentido, uma lágrima a cair por amor, por seres tu aquele amor que eu sempre quis sentir, que eu sempre desejei ser aquele. e nesses 56 dias, tenho te amado como nunca antes tinha amado, tenho vivido como nunca antes tinha vivido. sinto que tu és o melhor de mim, que tu és tudo, que contigo eu quero um eternamente, que sem ti eu sei que já não consigo, que tu foste e és o sentimento mais verdadeiro, mais sincero que aconteceu na minha vida. contigo a meu lado, eu consigo conquistar o mundo, consigo tornar o impossível em possível, consigo ser eu, consigo perder o medo.quero pegar-te na rua, como um perfeito desconhecido, e trazer-te para o meu reino! hoje tudo o que desejo é mostrar-te um novo ser, que ainda desconheces. não quero ser meiga, carinhosa, ou doce, como sempre me conheceste, apetece-me mostrar o meu lado mais obscuro, selvagem ou irracional (...) não fales, toca-me apenas, sente o meu sangue a ferver ou o meu coração a palpitar por amor carnal. a tua respiração rápida e ofegante no meu ouvido faz com que a minha pele se arrepie e o bater do meu coração seja ainda mais forte.segura-me nas tuas mão fortes. e nessa noite, nesta noite, eu quero te aqui comigo, a ser de novo o meu refúgio, porque eu preciso de me refugiar para a tua mente, e sentir a paz dos nossos corações juntos, dos nossos lábios juntos, dos nossos corpos encaixados na perfeição. nesta noite, serás só meu, terei te só para mim. cortarei-te a respiração com o meu beijo, rasgarei te a pele com o meu toque, aquecerei o teu corpo com o meu, não tenhas medo (...) e ai encaixas o meu corpo nas curvas do teu, e segues o compasso da melodia que parece fugir por entre os movimentos das minhas pernas . a noite, a lua, os postes de luz, as estrelas são as únicas testemunhas dessa dança perfeita, junta ao teu corpo (...) a cada pirueta, passo, cada toque das tuas mãos no meu corpo recupero o ar, o fôlego que me faltava para continuar a compor esta dança. na sombra escura dos traços dos nossos corpos em movimento, o vestido não perde o branco brilhante que o caracteriza, a melodia não perde o ritmo, os nossos movimentos não perdem o compasso da melodia. o sol corta a escuridão da noite, a minha mente volta, e caminho na areia molhada, deixando lá passos que indiquem o caminho para o mar, quebro cada onda e relembro essa noite, saio da água fria, e o cabelo encaracolado castanho claro dançam num vento que sopra cortante na pele macia e branca, os braços fecho-os no peito e tento respirar quando o ar me falta e sigo na esperança que vá encontrar sempre espaço para o próximo passo entre o quebrar de cada onda (...) apago os passos que deixei marcados na areia molhada, para que a noite não me encontre. abro a janela, caio sobre a cama, e deixo as gotas da chuva entrarem no quarto, cair sobre nós, sentir a frieza delas no calor do teu corpo, sentir as gotas a escorrer pelo meu corpo e o teu juntamente. deito me no teu ombro, chegaste mais a mim, agarras me como se tivesses medo que fugisse, e deixas me adormecer no teu calor, e no teu corpo abro os olhos, e deparo-me com um sonho que tornou-se realidade quando tu entraste na minha vida. e todos os sonhos, desejos, viverei contigo continuamente todos os dias dessa nossa longa vida juntos, contra os obstáculos que nos tentem fazer cair. é a promessa de uma vida inteira a teu lado meu amor.

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